Desesperar jamais...

Estou fixando um strip ao outro por meio de cavilhas de pau marfim de 6 x 40 mm. Não resta dúvida de que é um processo trabalhoso, mas me identifiquei com esse método por várias razões: apesar da função estrutural da cavilha ser secundária (a função primária é exercida pela cola), qualquer reforço é bem vindo; além disso, uma vez fixada no seu local (com o devido rebaixamento), não há necessidade de preencher orifícios com cola; outra vantagem que constatei foi a possibilidade de colocação de mais de um strip por dia. Alguns construtores preferem parafuso pela rapidez na colocação, mas isso vai da habilidade de cada um na manipulação de determinadas ferramentas. Tive experiências negativas com parafusos (inox de cabeça phillips) que inssistiam em permanecer no local, contra a minha vontade. rs

Bem... a grande novidade é que estou de férias (nem estou acreditando!!)...  só assim poderei dedicar um pouco mais de tempo ao meu  sonhado veleiro.

Vou ficando por aqui desejando a todos um feliz Natal e um ano novo repleto de realizações.

É devagar, devagarinho...

 

Parece obra pública... está sempre atrasada! 

Vamos em frente já perdi o prazo (meia noite do dia 21/12/2012 )

Primeiros strips

 

Agora está mais perto... só faltam 197 strips! A colocação dos primeiro strips é uma operação tensa, uma vez que não temos noção do tempo envolvido nessa tarefa e a cola não espera.

Preparação dos strips

Colagem dos strips

Prensa strip

Esse simples dispositivo permite a colagem de 4 strips simultaneamente. As ripas se encaixam perfeitamente na peça, impendido o deslocamente lateral das juntas chanfradas após a aplicação da cola. Utilizei 4 segmentos de cantoneiras de 60 cm de comprimento, nas quais foram soldadas barras lateraias para formar uma canaleta retangular. Como a chapa movel é consideravelmente espessa,  a pressão é distribuida uniformemente por toda a área colada.

Meu paraiso

O Nordeste é uma região privilegiada com um extenso litoral, sol em abundância e ventos generosos, especialmente os alísios, no período de agosto a dezembro. Esse fenômeno é provocado pelo deslocamento de massas de ar quente das zonas tropicais de alta pressão para as zonas de baixa pressão no Equador, a chamada Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Nesses meses o vento costuma soprar mais forte, chegando a incríveis 25,6 nós.  Isso inclui o Piauí no cenário ideal para a prática de esporte náuticos, especialmente o kite surf, responsável por inserir o nosso litoral no circuito mundial desse eporte.

Habilitação Náutica

Habilitação Náutica

Considerando o sucesso no exame de Mestre Amador, resolvi dar continuidade aos estudos para etapa seguinte: Capitão Amador.

Preparação dos strips

Serviço terceirizado de marcenaria

Face às dificuldades em adquirir Cedro no mercado regional, tive que atrasar o cronograma de execução da obra (calma... não é obra pública!) . O pouco dessa madeira que consegui já foi trasnformada em strip. Como não posso perder tempo "garimpando" essa madeira tão cara e rara, partirei para um material alternativo, como o louro-cedro, muito utilizada na construção naval, além de ser abundante no comércio. Minha maior preocupação era saber se a mesma se adequava às exigências do projeto; após algumas pesquisas constatei que nenhuma madeira se enquadra integralmente nessas exigências, portanto, vou de louro-cedro, por possuir maior semelhança com as recomendadas.

 Baliza 12 devidamente ancorada

 

 Demais balizas posicionadas... só faltam os sarrafos separadores. Os Strips que me aguardem!

 Roda de Proa - ângulo comprometida pela falta de espaço.

A proteção contra chuvas proporciona um Preview (ainda que grosseiro) do formato definitivo do casco. Dá pra se ter uma visão real das dimensões internas do veleiro. Qualquer semelhança com uma baleia Cachalote, será mera coincidência!

Suporte da Roda de Proa

 Confeccionei um berço para Roda de Proa (RP) semelhante ao sistema idealizado pelo Ubiracy.  Observa-se a base no formato e dimensões da face inferior da RP.

Roda de proa posicionada sobre o berço. Em detalhe, a plataforma para o encaixe da RP. Á direita, minha querida filha Paloma.

A pedra fundamental

A obra foi efetivamente iniciada... a primeira baliza repousa em berço esplêndido!

O prumo de centro confirma a simetria do conjunto.

Cobertura do estaleiro

Sobre a estrutura metálica será aplicada uma lona plástica dupla face, cor branca voltada para o lado externo, pois o sol em regiões próximas ao equador (02° 55' S) é impiedoso.

Ferramentas

Parte das máquinas e ferramentas necessárias ao início da construção.

Picadeiro

 Observa-se o uso do nível de pedreiro para o pré-nivelamento. O nivelamento definitivo foi feito com nível de mangueira.

A Maçaranduba (Manilkara huberi), madeira pesada, foi utilizada nessa estrutura para conferir maior rigidez ao conjunto. Em destaque o encaixe meia-madeira.

Roda de proa

 A madeira utilizada para confecção da roda de proa foi a "Imburana-de-cheiro" (Amburana cearensis), madeira abundante no região, com propriedades físicas semelhantes ao Cedro...deixa um aroma muito agradável no ambiente!

 Alterei a escala do desenho para o tamanho natural e afixei nas faces da madeira para fazer o desbaste (desbastar é eufemismo...o termo correto é esculpir).

Perché non parli?                                   Parla bella!!

Balizas

Todas as balizas foram devidamente cortadas, faltando apenas o acabamento para posicioná-las no picadeiro.

Marcação e corte das seções

Usei uma carretilha para marcação do desenho em papel madeira previamente dobrado. Como os furos são próximos um dos outros, não havia necessidade riscar as linhas para melhorar a nitidez. 

Observa-se o molde da seção sobre o compensado aguardando o corte com a tico-tico. 

Finalmente a primeira seção iniciada